Programa de monitoramento do café torrado e moído no estado de Minas Gerais

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café

Programa de monitoramento do

torrado e moído no estado de Minas Gerais 2016

Ministério Público do Estado de Minas Gerais Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-MG) 1


O Ministério Público defende os interesses da sociedade e tem como função zelar pela aplicação da lei, atuando nas áreas cível, criminal e de defesa do cidadão por meio das diversas Promotorias de Justiça. Na defesa do consumidor, além das Promotorias de Justiça, o Ministério Público de Minas Gerais possui em sua estrutura o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-MG) – órgão que atende reclamações que envolvam direitos coletivos, como publicidade enganosa, contratos abusivos, venda casada, produtos adulterados ou com prazo de validade vencido, entre outros. O Procon-MG atua para coibir as infrações cometidas no mercado de consumo, aplicando sanções administrativas aos infratores, entre as quais estão a multa e a suspensão de comercialização de produtos e serviços.


café

Programa de monitoramento do

torrado e moído no estado de Minas Gerais 2016

Ministério Público do Estado de Minas Gerais Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-MG) 1


Procurador-geral de Justiça Carlos André Mariani Bittencourt Corregedor-geral do Ministério Público Paulo Roberto Moreira Cançado Ouvidora do Ministério Público Ruth Lies Scholte Carvalho Procurador-geral de Justiça adjunto jurídico Waldemar Antônio de Arimateia Procurador-geral de Justiça adjunto administrativo Mauro Flávio Ferreira Brandão Procurador-geral de Justiça adjunto institucional Geraldo Flávio Vásques Chefe de gabinete Paulo de Tarso Morais Filho Secretária-geral Élida de Freitas Rezende Diretora-geral Simone Maria Lima Santos

Sérgio Gildin Sidnei Boccia Pinto de Oliveira

Promotores de Justiça Bruno Oliveira Muller Claudine Lara Aurélio Bettarello Eliane Maria de Oliveira Claro Elissa Maria do Carmo Lourenço Fábio Finotti Felipe Gustavo Gonçaves Caires Fernando Rodrigues Martins Glauco Peregrino Hélio Pedro Soares Herman de Araújo Resende José Carlos de Oliveira Campos Júnior Marcelo Rutter Sales Moisés Batista Abdala Paulo Frank Pinto Júnior Plínio Lacerda Martins Rodrigo Brum Oliveira Rodrigo Filgueira de Oliveira

Coordenadora de gabinete do Procon-MG Isabella Salvino Ottoni

técnica Ficha

2

Coordenador do Procon-MG Fernando Ferreira Abreu

Coordenadora da Secretaria de Fiscalizações Regina Sturm Vilela Secretário executivo do Fundo Estatual de Proteção e Defesa do Consumidor (FEPDC) Rafael Henrique Chaves Lamounier Gerente do projeto Luiz Otávio Teixeira Agentes Fiscais (representando os responsáveis pela coleta em todo o Estado) Arnaldo de Andrade Giovanni de Souza Andrade Jason Nunes da Silva Laura Carla de Faria

Superintendente de Comunicação Integrada Giselle Correia Borges

Coordenador de Publicidade Institucional Alessandro Campos de Paiva

Projeto gráfico e diagramação Rúbia Oliveira Guimarães

Revisão Fernanda Cunha Fundo Estatual de Proteção e Defesa do Consumidor (FEPDC) Laboratório Nacional Agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (LANAGRO-MG)


4 6

BREVE histórico do café

9

JUSTIFICATIVA do projeto

10

NORMAS de referência

11

AMOSTRAGEM

13

METODOLOGIA

30

ANÁLISE dos resultados

8

CARACTERÍSTICAS bioquímicas do café

9

OBJETIVOS do projeto

10

LABORATÓRIOS responsáveis pelos ensaios

12

ENSAIOS realizados

24

RESULTADOS

31

CONCLUSÕES BIBLIOGRAFIA

sumário

3


Breve

histórico do café Atualmente, o café é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo. O Brasil é o seu maior produtor mundial, responsável por 30% do mercado internacional, volume equivalente à soma da produção dos outros seis maiores países produtores. É também o segundo mercado consumidor, atrás somente dos Estados Unidos, e o maior exportador do mundo. A planta do café é originária de Kaffa, atual Etiópia, onde ainda hoje faz parte da vegetação natural. O nome café, no entanto, tem sua origem não na palavra Kaffa, mas na palavra árabe qahwa, que significa ‘vinho’. Por ter sido a Arábia a responsável pela sua propagação, a bebida derivada do café era conhecida como “vinho da Arábia” quando chegou à Europa no século XIV. Os manuscritos mais antigos mencionando a cultura do café datam de 575 e são provenientes do Iêmen, onde, consumido como fruto in natura, passou a ser cultivado. Somente no século XVI, na Pérsia, os primeiros grãos de café foram torrados para se transformar na bebida que hoje conhecemos, que passou a ser saboreada no continente europeu a partir de 1615, quando o café era trazido por viajantes em suas frequentes viagens ao oriente. Até o século XVII, somente os árabes produziam a bebida feita do café. O crescente mercado consumidor europeu propiciou a expansão do plantio de café em países africanos e a sua chegada ao Novo Mundo. Pelas mãos dos colonizadores, o café foi levado para as colônias europeias, chegando ao Suriname, São Domingos, Cuba, Porto Rico e Guianas. No Brasil, o café foi introduzido em Belém, trazido da Guiana Francesa, por volta de 1730. Foi no início do século XIX que a cultura do grão tornou-se a principal atividade agrícola do país, sendo responsável por mais da metade das divisas oriundas das exportações brasileiras. Dessa forma, os cafezais logo se espalharam por São Paulo, sul de Minas Gerais e, meio século mais tarde, já cobriam extensa faixa que vai do Paraná ao Espírito Santo. Estabelecia-se, então, o ciclo econômico que foi o propulsor da urbanização e industrialização do país, fazendo o Brasil reinar no cenário mundial, nas primeiras cinco décadas do século passado, como o responsável por 70% da produção mundial de café. Minas Gerais é o maior produtor brasileiro de café: cerca de 58% da receita bruta da safra nacional. Aproximadamente 700 municípios plantam e colhem o grão em cerca de 1,1 milhão de hectares, empregando mais de 4 milhões de pessoas. Juntos, eles rendem para o estado cerca de R$ 4 bilhões – em média, 25% do PIB do agronegócio mineiro. Em 2011, o café concentrou 40% da produção agrícola estadual. A região sul do estado é a principal produtora, onde predomina o cultivo da variedade arábica.

4


5


Características bioquímicas do café A bebida produzida a partir do café é um produto de complexa composição química, principalmente após a torrefação do grão, quando compostos originais são transformados em novos, garantindo a presença de substâncias com características peculiares de sabor e aroma. Uma substância formada no processo de torra do grão é a niacina, uma vitamina do complexo B, que desempenha importante papel no metabolismo energético celular e na reparação do DNA. O café possui de 1 a 2,5% de cafeína, que combate os efeitos da adenosina, substância química que atua no sistema nervoso central reduzindo a atividade motora e induzindo o sono. Também estimula a vigília, a atenção, a concentração e auxilia na microcirculação. É um componente mais conhecido por seus efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso central e geralmente é associado a uma melhora no estado de alerta, na capacidade de aprendizado e na resistência ao esforço físico.

6


7


Justificativa

do projeto

Em 2013, o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-MG) verificou que o produto “café torrado e moído” foi o que apresentou o maior número de denúncias e não conformidades dentro do segmento “alimentos”, despertando grande preocupação, pois em alguns casos foram observadas adulterações por adição de milho. A partir de fatos como esse, aventou-se a possibilidade de planejar, dentro da política estadual de proteção e defesa do consumidor e com a participação das Promotorias de Justiça especializadas do estado, operação especial de monitoramento do mercado deste produto. Além dos parâmetros normalmente pesquisados nas análises de café (impurezas, matérias estranhas e sedimentos), foi possível avaliar também a presença da micotoxina Ocratoxina A, conforme sugestão do laboratório conveniado. A ocratoxina A (OTA) é uma micotoxina produzida por algumas espécies de fungos filamentosos pertencentes ao gênero Aspergillus e Penicillium e é, entre todas as ocratoxinas, a mais tóxica. A sua importância deve-se às suas propriedades carcinogênicas, nefrotóxicas, teratogênicas, imunotóxicas e neurotóxicas. Está associada à nefropatia em humanos e tem-se sugerido uma relação entre a exposição a esta toxina e a Nefropatia Endémica dos Balcãs, uma doença progressiva, caracterizada por redução da função renal e frequentemente fatal. A Resolução ANVISA nº 277/2005 define o café como o “endosperma (grão) beneficiado do fruto maduro de espécies do gênero Coffea, como Coffea arábica L., Coffea liberica Hiern, Coffea canephora Pierre (Coffea robusta Linden), submetido a tratamento térmico até atingir o ponto de torra escolhido. O produto pode apresentar resquícios do endosperma (película invaginada intrínseca)”. Note-se que não faz parte da definição que estabelece a identidade do produto a presença de impurezas, como cascas e paus. Já a Instrução Normativa MAPA nº 8/13, que aprova o Regulamento Técnico de Identidade e de Qualidade para a Classificação do Café Beneficiado Grão Cru, estabelece o padrão mínimo de qualidade para a matéria-prima a ser utilizada na torra: “6.1. O percentual máximo de matérias estranhas e impurezas permitido no Café Beneficiado Grão Cru será de 1% (um por cento). Excedendo esse valor, o produto será desclassificado temporariamente, sendo impedida a sua comercialização até o rebeneficiamento para enquadramento em tipo”. Verifica-se que o programa de automonitoramento do mercado, desenvolvido pela Associação Brasileira da Indústria de Café, possui também uma tolerância para a presença de impurezas, para fins de obtenção e uso do símbolo de qualidade ABIC: “2.2.9 Características Microscópicas: Deve obedecer à legislação vigente, com uma tolerância admitida de no máximo 1% de impurezas (cascas e paus no café), em g/100 g”.

8


Objetivos

do projeto

• Monitorar a qualidade do café torrado e moído produzido no estado de Minas Gerais; • Instaurar procedimentos administrativos contra fornecedores que produzem cafés em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou impróprios para o consumo; • Informar o consumidor mineiro sobre a adequação do produto aos regulamentos pertinentes, contribuindo para que ele faça escolhas mais criteriosas e para que se torne mais consciente de seus direitos e responsabilidades; • Propor melhorias nos regulamentos técnicos existentes que tratam da qualidade do café torrado e moído.

Normas

de referência

• Instrução Normativa nº 8, de 11 de junho de 2003 - Aprova o Regulamento Técnico de Identidade e de Qualidade para a Classificação do Café Beneficiado Grão Cru. • Resolução ANVISA nº 277, de setembro de 2005, da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Aprova Regulamento Técnico para Café, Cevada, Chá, Erva-Mate e Produtos solúveis. • Resolução ANVISA nº 7, de 18 de fevereiro de 2011, da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Dispõe sobre limites máximos tolerados (LMT) para micotoxinas em alimentos.

9


Laboratórios

responsáveis pelos ensaios

Participaram deste projeto dois laboratórios do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: o Laboratório de Classificação de Produtos de Origem Vegetal e o Laboratório de Controle de Qualidade de Segurança Alimentar, do Laboratório Nacional Agropecuário (LANAGRO-MG). O primeiro examinou a presença de impurezas e matérias estranhas ao produto, e o segundo avaliou a presença da Ocratoxina A.

Amostragem • Coleta realizada pela regional do Procon-MG de uma amostra de cada torrefação localizada na sua área de abrangência, conforme apontado no levantamento prévio; • Coleta do mesmo número de amostras, por regional, das torrefações não sindicalizadas/associadas localizadas na sua área de abrangência, a critério da coordenação local; • Cronograma de entrega e coleta de amostras, conforme planejamento; • Encaminhamento quinzenal das amostras coletadas pelo Procon-MG para o laboratório, totalizando, aproximadamente, 40 amostras por mês; • Prazo: dezembro de 2014 a junho de 2015 (sete meses).

10


Ensaios

realizados

CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS Os ensaios microscópicos verificam a contaminação do produto pela presença de elementos estranhos, impurezas, sedimentos, sujidades, larvas e parasitas. O ensaio de características microscópicas é realizado também com o objetivo de identificar possíveis fraudes praticadas por fabricantes que, buscando baixar o custo do produto, adicionam ingredientes não permitidos pela legislação. São considerados elementos estranhos os detritos vegetais não oriundos do cafeeiro, grãos ou sementes de outras espécies, corantes, açúcar, borra de café solúvel ou de infusão. Impurezas são as cascas e paus e outros detritos provenientes da própria cultura. Já os sedimentos são as partículas metálicas decorrentes do processamento, como pedras, torrões e areia.

PESQUISA DE TOXINAS Esta pesquisa verificou se as amostras atendem ao Limite Máximo Tolerado (LMT) para a Ocratoxina A, conforme regulamentação. A Resolução ANVISA RDC nº 7, de 18 de fevereiro de 2011, dispõe sobre os limites máximos tolerados para micotoxinas em alimentos, estabelecendo em 10 microgramas por kilo (10 µg/kg) o valor máximo tolerado para a Ocratoxina A no café.

11


Metodologia 1) Coleta dos produtos no mercado de consumo, realizada pelos agentes fiscais do Procon-MG em todo o estado, conforme procedimentos estabelecidos pelo laboratório; 2) Encaminhamento das amostras para análise, através da Coordenação do Procon-MG; a. Ensaios: i. Matérias estranhas: será considerado impróprio o produto com qualquer quantidade de matéria estranha; ii. Impurezas: tolerância de 1%, incluindo nesse percentual os sedimentos e matérias estranhas; iii. Ocratoxina A: máx 10 µg/kg. 3) Recebimento dos laudos de análise e encaminhamento para as Promotorias de Justiça envolvidas; 4) Instauração de procedimentos administrativos contra os fornecedores infratores e aplicação das sanções e penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 8.078/1990 e em outras normas pertinentes à defesa do consumidor; 5) Agendamento de perícia de contraprova, se necessário; 6) Divulgação para a sociedade e demais órgãos do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor do resultado detalhado do programa de monitoramento, informando: participantes, resultados dos exames e medidas cabíveis tomadas; 7) Proposição de melhorias nos regulamentos técnicos aplicáveis ao café torrado e moído, principalmente quanto aos padrões de identidade, qualidade e contaminantes.

12


Resultados

SIGLAS

Próprio 167

RESUMO Impróprio 74 30,7% TOTAL

ND: não detectado NQ: não quantificado

241

Microscopia (impurezas) PROGRAMA IMPUREZAS

MILHO

Toxinas

ANO

REGIONAL

MARCA

RESULTADO VALOR RESULTADO CONCLUSÃO

2014

Caratinga

Rozaminas

não

2,66

ND

impróprio

-

-

impróprio

2014

Caratinga

Uniforte

não

3,63

ND

impróprio

-

-

impróprio

2014

Caratinga

Popular

não

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2014

Uberlândia

Pousada

ABIC

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2014

Caratinga

Lukafé

não

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2014

Caratinga

Caratinga

não

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2014

Caratinga

Paula Maciel

não

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2014

Caratinga

Mundial

não

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2014

Caratinga

Caparaó

ABIC

4,41

ND

impróprio

-

-

impróprio

2014

Belo Horizonte

Super Café Cometa

não

6,85

ND

impróprio

-

-

impróprio

2014

Juiz de Fora

Copa Real

não

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2014

Teófilo Otoni

JC

não

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2014

Uberlândia

Indianápolis

não atribuído

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2014

Uberaba

Café & Cia

ABIC

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2014

Belo Horizonte

Super Café Cometa

não atribuído

ND

milho

impróprio

-

-

impróprio

13


Microscopia (impurezas)

14

MILHO

Toxinas

ANO

REGIONAL

MARCA

PROGRAMA IMPUREZAS

RESULTADO VALOR RESULTADO CONCLUSÃO

2014

Belo Horizonte

Diadema

não atribuído

2,94

ND

impróprio

-

-

impróprio

2014

Poços de Caldas

Muzambinho

não

2,86

ND

impróprio

-

-

impróprio

2014

Uberlândia

Ouro Negro do Triângulo

ABIC

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2014

Uberlândia

Futuro

não

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2014

Passos

Ypiranga

ABIC

0,17

ND

próprio

3,70

próprio

próprio

2014

Passos

Grotão

ABIC

0,51

ND

próprio

14,10

próprio

próprio

2014

Passos

Duarte

ABIC

0,33

ND

próprio

2,22

próprio

próprio

2014

Passos

Silva

ABIC

0,31

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2014

Passos

Finesse

não

0,94

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2014

Passos

Robinson

ABIC

0,12

ND

próprio

3,60

próprio

próprio

2014

Passos

Dona Tereza

ABIC

0,23

ND

próprio

1,88

próprio

próprio

2014

Passos

Chapadão

ABIC

0,35

ND

próprio

7,30

próprio

próprio

2014

Passos

Forte D+

ABIC

0,51

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2014

Passos

Barão

ABIC

0,40

ND

próprio

1,02

próprio

próprio

2014

Varginha

Raça Negra

não

2,69

ND

impróprio

9,50

próprio

impróprio

2014

Varginha

Padre Vítor

ABIC

0,99

ND

próprio

7,10

próprio

próprio

2014

Varginha

Fino Sabor

não

1,32

ND

impróprio

16

próprio

impróprio

2014

Varginha

Matinata

não

2,58

ND

impróprio

2,19

próprio

impróprio

2014

Varginha

Origem de Minas

não

0,79

ND

próprio

14,30

próprio

próprio

2014

Varginha

Florescer

ABIC

0,41

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2014

Varginha

Fazenda de Minas

ABIC

0,73

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2014

Varginha

Sorriso

ABIC

1,75

ND

impróprio

3,70

próprio

impróprio


Microscopia (impurezas) PROGRAMA IMPUREZAS

MILHO

Toxinas

ANO

REGIONAL

MARCA

RESULTADO VALOR RESULTADO CONCLUSÃO

2014

Varginha

Delícia

não

1,47

ND

impróprio

18,60

impróprio

impróprio

2014

Uberlândia

Triângulo

ABIC

0,32

ND

próprio

0,70

próprio

próprio

2014

Uberlândia

Cajubá

ABIC

0,34

ND

próprio

1,29

próprio

próprio

2014

Uberlândia

do Dão

ABIC

0,42

ND

próprio

1,05

próprio

próprio

2014

Uberlândia

Zen

ABIC

0,30

ND

próprio

1,06

próprio

próprio

2014

Uberlândia

Ideal do Triângulo

ABIC

0,25

ND

próprio

0,78

próprio

próprio

2014

Uberlândia

Sete Colinas

ABIC

0,33

ND

próprio

0,60

próprio

próprio

2014

Uberlândia

Bom Vizinho

ABIC

0,42

ND

próprio

1,01

próprio

próprio

2014

Uberlândia

Platino

ABIC

0,29

ND

próprio

0,77

próprio

próprio

2014

Uberlândia

Udi

ABIC

0,32

ND

próprio

1,00

próprio

próprio

2014

Uberlândia

Uberlândia

ABIC

0,32

ND

próprio

0,67

próprio

próprio

2014

Uberlândia

Camaru

ABIC

0,30

ND

próprio

2,41

próprio

próprio

2014

Uberlândia

Smart

ABIC

0,28

ND

próprio

3,08

próprio

próprio

2015

Contagem

Nova Suissa

ABIC

0,33

ND

próprio

3,39

próprio

próprio

2015

Contagem

Brasil

não

2,20

ND

impróprio

32,20

impróprio

impróprio

2015

Contagem

Barão Tradicional

ABIC

0,57

ND

próprio

4,9

próprio

próprio

2015

Contagem

Dom Pedro

ABIC

0,94

ND

próprio

12,00

próprio

próprio

2015

Ipatinga

Monlevade Tradicional

não

0,38

ND

próprio

3,44

próprio

próprio

2015

Divinópolis

Itambé

ABIC

0,48

ND

próprio

2,38

próprio

próprio

2015

Divinópolis

Biagini

ABIC

0,23

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Divinópolis

Seleto

não

0,35

ND

próprio

1,83

próprio

próprio

2015

Divinópolis

Fazenda Caeté

ABIC

0,48

ND

próprio

2,36

próprio

próprio

2015

Divinópolis

Uno

não

2,07

ND

impróprio

6,8

próprio

impróprio

15


Microscopia (impurezas)

16

PROGRAMA IMPUREZAS

MILHO

Toxinas

ANO

REGIONAL

MARCA

RESULTADO VALOR RESULTADO CONCLUSÃO

2015

Divinópolis

das Gerais

ABIC

0,50

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Divinópolis

Camacho

não

1,43

ND

impróprio

2,99

próprio

impróprio

2015

Divinópolis

Fazenda Nova

não

0,83

ND

próprio

5,7

próprio

próprio

2015

Varginha

Café da Roça

ABIC

ND

ND

próprio

3,3

próprio

próprio

2015

Varginha

Cocatrel

ABIC

0,14

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Varginha

Privilégio

ABIC

1,41

ND

impróprio

8,6

próprio

impróprio

2015

Varginha

Duradouro

ABIC

1,86

ND

impróprio

18,5

impróprio

impróprio

2015

Varginha

Vargense

ABIC

1,36

ND

impróprio

13,8

próprio

impróprio

2015

Varginha

Asccom

ABIC

0,50

ND

próprio

7,5

próprio

próprio

2015

Varginha

Trespontano

não

0,19

ND

próprio

4,6

próprio

próprio

2015

Varginha

Monjolinho

não

1,83

ND

impróprio

15,4

próprio

impróprio

2015

Varginha

Ouro Mineiro

não

3,42

ND

impróprio

5,6

próprio

impróprio

2015

Varginha

Mirand’Ouro

ABIC

0,10

ND

próprio

2,6

próprio

próprio

2015

Passos

Cooparaíso

ABIC

0,08

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Passos

Tabuleiro

ABIC

0,14

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Passos

Scarano

ABIC

0,51

ND

próprio

9,10

próprio

próprio

2015

Passos

Utam

ABIC

0,13

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Passos

Moura

não

2,20

ND

impróprio

4,9

próprio

impróprio

2015

Passos

Aquinense

ABIC

0,14

ND

próprio

6,7

próprio

próprio

2015

Passos

Adory

não

0,37

ND

próprio

3,7

próprio

próprio

2015

Uberlândia

Selecta Coffea

não

0,05

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Uberlândia

Café da Terra

não

0,83

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Uberlândia

Araguari

não

0,22

ND

próprio

NQ

próprio

próprio


Microscopia (impurezas) PROGRAMA IMPUREZAS

MILHO

Toxinas

ANO

REGIONAL

MARCA

RESULTADO VALOR RESULTADO CONCLUSÃO

2015

Uberlândia

Café 10

não

0,23

ND

próprio

4,80

próprio

próprio

2015

Uberlândia

Mesmo

não

0,35

ND

próprio

4,80

próprio

próprio

2015

Almenara

Caseiro

não

0,33

6,04

impróprio

12,20

próprio

impróprio

2015

Almenara

Sabor Ouro Mineiro

não

1,29

ND

impróprio

5,20

próprio

impróprio

2015

Almenara

Colonial

ABIC

0,24

ND

próprio

7,40

próprio

próprio

2015

Almenara

Orvalho

não

2,27

ND

impróprio

2,80

próprio

impróprio

2015

Uberlândia

Futuro

não

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2015

Contagem

Sabor e Aroma

ABIC

0,78

ND

próprio

2,25

próprio

próprio

2015

Caratinga

Frei Caneca

ABIC

0,11

ND

próprio

1,42

próprio

próprio

2015

Caratinga

Caseiro

não

8,46

ND

impróprio

2,80

próprio

impróprio

2015

Caratinga

São Jorge

não

2,29

ND

impróprio

14,40

próprio

impróprio

2015

Caratinga

Sabor da Fazenda

não

6,79

ND

impróprio

7,00

próprio

impróprio

2015

Caratinga

Tiêta

ABIC

0,21

ND

próprio

6,10

próprio

próprio

2015

Caratinga

Emerick

ABIC

1,17

ND

impróprio

NQ

próprio

impróprio

2015

Caratinga

da Fazenda Tradicional

ABIC

0,82

ND

próprio

3,20

próprio

próprio

2015

Caratinga

Fino da Serra

ABIC

0,30

ND

próprio

5,90

próprio

próprio

2015

Caratinga

Uai

ABIC

0,66

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Caratinga

Rio Preto

ABIC

0,62

ND

próprio

6,10

próprio

próprio

2015

Varginha

Pelegrini

não

1,44

ND

impróprio

1,70

próprio

impróprio

2015

Varginha

do Porto

não

1,35

ND

impróprio

1,99

próprio

impróprio

2015

Varginha

Tipuana

ABIC

0,20

ND

próprio

2,60

próprio

próprio

2015

Varginha

Lavras

ABIC

0,14

ND

próprio

2,40

próprio

próprio

17


Microscopia (impurezas)

18

PROGRAMA IMPUREZAS

MILHO

Toxinas

ANO

REGIONAL

MARCA

RESULTADO VALOR RESULTADO CONCLUSÃO

2015

Varginha

Flor das Gerais

não

0,75

ND

próprio

1,33

próprio

próprio

2015

Varginha

Aroma da Roça

não

0,77

ND

próprio

1,71

próprio

próprio

2015

Divinópolis

Puro Sabor

não

5,60

ND

impróprio

1,19

próprio

impróprio

2015

Divinópolis

Centenário

ABIC

0,96

ND

próprio

1,25

próprio

próprio

2015

Divinópolis

Bom Despacho

não

1,63

ND

impróprio

2,18

próprio

impróprio

2015

Divinópolis

Inttenso

não

0,04

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Divinópolis

262

não

3,50

ND

impróprio

5,70

próprio

impróprio

2015

Varginha

Fazenda Ouro Verde

não

1,69

ND

impróprio

20,80

impróprio

impróprio

2015

Varginha

Planalto

não

1,21

ND

impróprio

20,80

impróprio

impróprio

2015

Varginha

da Serra

não

0,28

ND

próprio

28,00

impróprio

impróprio

2015

Varginha

Boqueirão

não

0,90

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Uberlândia

Grão de Minas

não

1,94

ND

impróprio

2,31

próprio

impróprio

2015

Uberlândia

Coré

não

0,58

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Conselheiro Lafaiete

Camapuã

ABIC

2,00

ND

impróprio

7,40

próprio

impróprio

2015

Conselheiro Lafaiete

Piranga

ABIC

0,66

ND

próprio

5,50

próprio

próprio

2015

Conselheiro Lafaiete

Queluz

ABIC

0,98

ND

próprio

7,40

próprio

próprio

2015

Uberlândia

Carmelitano

não

0,72

ND

próprio

3,60

próprio

próprio

2015

Uberlândia

Iraí

ABIC

0,22

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Uberlândia

3 irmãos

ABIC

0,98

ND

próprio

12,20

próprio

próprio

2015

Uberlândia

Trevo de Minas

não

2,06

ND

impróprio

3,20

próprio

impróprio

2015

Caratinga

Master

ABIC

3,37

ND

impróprio

9,28

próprio

impróprio


Microscopia (impurezas) PROGRAMA IMPUREZAS

MILHO

Toxinas

ANO

REGIONAL

MARCA

RESULTADO VALOR RESULTADO CONCLUSÃO

2015

Caratinga

Tatão

não

0,16

ND

próprio

2,60

próprio

próprio

2015

Juiz de Fora

Kaza

não

0,17

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Caratinga

Simonésia

não

0,08

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Caratinga

Aliança

não

0,61

ND

próprio

6,90

próprio

próprio

2015

Caratinga

Laginhense da Roça

não

0,78

ND

próprio

10,60

próprio

próprio

2015

Caratinga

Campestre

ABIC

0,20

ND

próprio

26,00

impróprio

impróprio

2015

Caratinga

Shelroso

não

0,20

ND

próprio

8,00

próprio

próprio

2015

Caratinga

Lara Café

não

2,32

ND

impróprio

8,40

próprio

impróprio

2015

Barbacena

Mantiqueira

ABIC

0,86

ND

próprio

14,10

próprio

próprio

2015

Teófilo Otoni

Malacacheta

não

0,08

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Teófilo Otoni

Resplendor

ABIC

0,30

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Teófilo Otoni

Aranãs

ABIC

0,27

ND

próprio

1,53

próprio

próprio

2015

Teófilo Otoni

Gema de Minas

ABIC

0,18

ND

próprio

3,50

próprio

próprio

2015

Teófilo Otoni

Sicafé

ABIC

0,28

ND

próprio

3,40

próprio

próprio

2015

Teófilo Otoni

Serra Lima

ABIC

0,32

ND

próprio

2,80

próprio

próprio

2015

Teófilo Otoni

Sabority

não

0,15

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Passos

Carmelitano

não

2,15

ND

impróprio

2,80

próprio

impróprio

2015

Passos

Gostinho de Minas

não

4,53

ND

impróprio

3,00

próprio

impróprio

2015

Passos

Aroma da Canastra

não

0,28

ND

próprio

23,30

impróprio

impróprio

2015

Passos

Moinho do Porto

não

0,19

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Passos

Biagini

ABIC

0,19

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Passos

Cafundó

não

1,48

ND

impróprio

2,30

próprio

impróprio

19


Microscopia (impurezas)

20

PROGRAMA IMPUREZAS

MILHO

Toxinas

ANO

REGIONAL

MARCA

RESULTADO VALOR RESULTADO CONCLUSÃO

2015

Passos

Mineiro Uai

ABIC

0,16

ND

próprio

2,90

próprio

próprio

2015

Patos de Minas

Cristal

ABIC

0,42

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Patos de Minas

Carmense

ABIC

0,97

ND

próprio

14,80

próprio

próprio

2015

Patos de Minas

Fragata

não

1,27

ND

impróprio

1,18

próprio

impróprio

2015

Patos de Minas

Nabuquinho

não

0,21

ND

próprio

2,60

próprio

próprio

2015

Patos de Minas

Lu

não

-

-

-

1,26

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas Menino da Porteira

ABIC

0,42

ND

próprio

7,30

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas

El fino

ABIC

0,04

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas

Baronesa

ABIC

2,00

ND

impróprio

13,70

próprio

impróprio

2015

Poços de Caldas

Poço Fundo

ABIC

0,79

ND

próprio

0,98

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas Aroma da Manhã

ABIC

0,58

ND

próprio

4,60

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas

Novo Milênio

ABIC

0,67

ND

próprio

1,93

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas

Elzo café

ABIC

0,58

ND

próprio

1,49

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas

Qualitá master

não

0,09

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas

Evolutto

ABIC

0,45

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas

Ademir da Guia

ABIC

0,34

ND

próprio

2,70

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas Nascente da Serra

não

1,81

ND

impróprio

1,08

próprio

impróprio

2015

Juiz de Fora

Donalice

não

4,55

ND

impróprio

9,70

próprio

impróprio

2015

Juiz de Fora

Caseiro Mineiro

não

1,87

ND

impróprio

8,20

próprio

impróprio

2015

Juiz de Fora

Vereda

ABIC

0,47

ND

próprio

1,10

próprio

próprio

2015

Juiz de Fora

Puro Sabor

não atribuído

-

ND

próprio

4,40

próprio

próprio

2015

Juiz de Fora

Moeda

não

4,66

ND

impróprio

15,10

próprio

impróprio

2015

Juiz de Fora

Café da Feira

não

5,50

ND

impróprio

2,07

próprio

impróprio

2015

Juiz de Fora

Modelo

não

0,07

ND

próprio

2,30

próprio

próprio


Microscopia (impurezas) ANO

REGIONAL

MARCA

2015

Juiz de Fora

Boreal

ABIC

0,35

ND

próprio

8,60

próprio

próprio

2015

Juiz de Fora

Café do Bom

não

6,50

ND

impróprio

1,37

próprio

impróprio

2015

Juiz de Fora

Santa Cecília

não

0,18

ND

próprio

1,66

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas

Muzambinho

não

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2015

Pouso Alegre

Itaim

ABIC

0,27

ND

próprio

2,90

próprio

próprio

2015

Pouso Alegre

Capelli

ABIC

1,26

ND

impróprio

3,40

próprio

impróprio

2015

Pouso Alegre

Floresta de Itajubá

ABIC

0,49

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Pouso Alegre

Brazópolis

ABIC

0,58

ND

próprio

6,20

próprio

próprio

2015

Pouso Alegre

Piranguinho

ABIC

1,69

ND

impróprio

8,10

próprio

impróprio

2015

Pouso Alegre

Cristo Redentor

não

3,27

ND

impróprio

2,55

próprio

impróprio

2015

Pouso Alegre

Zé Nunes

não

1,53

ND

impróprio

10,00

próprio

impróprio

2015

Pouso Alegre

Elzo café

ABIC

0,54

ND

próprio

2,70

próprio

próprio

2015

Pouso Alegre

Mais Sabor

não

2,25

ND

impróprio

9,30

próprio

impróprio

2015

Uberaba

do Produtor

ABIC

0,27

ND

próprio

1,25

próprio

próprio

2015

Uberaba

da Feira

não

0,63

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Uberaba

Imperador

não

0,26

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Uberaba

Puro Café Gourmet

não

0,71

ND

próprio

1,82

próprio

próprio

2015

Uberaba

do Padre

não

2,82

ND

impróprio

4,80

próprio

impróprio

2015

Uberaba

da Comadre

ABIC

0,32

ND

próprio

1,92

próprio

próprio

2015

Uberaba

Dona Beja

ABIC

0,59

ND

próprio

10,20

próprio

próprio

2015

Uberaba

Bem Bão

ABIC

0,48

ND

próprio

9,20

próprio

próprio

2015

Uberaba

Uber Uba

não

3,71

ND

impróprio

6,20

próprio

impróprio

não

0,97

ND

próprio

7,20

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas Porteira de Minas

PROGRAMA IMPUREZAS

MILHO

Toxinas

RESULTADO VALOR RESULTADO CONCLUSÃO

21


Microscopia (impurezas)

22

PROGRAMA IMPUREZAS

MILHO

Toxinas

ANO

REGIONAL

MARCA

RESULTADO VALOR RESULTADO CONCLUSÃO

2015

Poços de Caldas

Bom Dia

ABIC

1,71

ND

impróprio

4,60

próprio

impróprio

2015

Poços de Caldas

Sul de Minas

ABIC

0,57

ND

próprio

4,70

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas

Roxo

não

0,97

ND

próprio

5,60

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas

Simões

não

0,97

ND

próprio

6,10

próprio

próprio

2015

Poços de Caldas

Classe A

ABIC

0,72

ND

próprio

5,90

próprio

próprio

2015

Varginha

Mundo Novo

ABIC

0,57

ND

próprio

1,54

próprio

próprio

2015

Varginha

Vanguarda

não

0,85

ND

próprio

5,20

próprio

próprio

2015

Janaúba

Janaúba

ABIC

0,86

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Patos de Minas

Caturra

não

0,52

ND

próprio

4,10

próprio

próprio

2015

Patos de Minas Parnaíba de Minas

não

0,80

ND

próprio

1,17

próprio

próprio

2015

Patos de Minas

3 Gerações

não

0,70

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Patos de Minas

Café Verdadeiro

não

0,84

ND

próprio

6,10

próprio

próprio

2015

Patos de Minas

Constante

não

0,06

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Patos de Minas

Café & Cia

ABIC

0,78

ND

próprio

5,80

próprio

próprio

2015

Patos de Minas

Villa Maria

ABIC

0,94

ND

próprio

4,50

próprio

próprio

2015

Patos de Minas

Grão Dourado

não

0,82

ND

próprio

4,00

próprio

próprio

2015

Juiz de Fora

Pontual

ABIC

0,73

ND

próprio

4,50

próprio

próprio

2015

Juiz de Fora

Serra de Igarapé

ABIC

0,63

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Divinópolis

Rede União de Supermercados

não

1,19

ND

impróprio

6,70

próprio

impróprio

2015

Divinópolis

Varanda

ABIC

0,34

ND

próprio

6,20

próprio

próprio

2015

Divinópolis

Pilão de Minas

não

1,99

ND

impróprio

4,60

próprio

impróprio

2015

Divinópolis

Bedê

não

2,10

ND

impróprio

NQ

próprio

impróprio

2015

Divinópolis

Itaú

ABIC

0,07

ND

próprio

2,23

próprio

próprio


Microscopia (impurezas) PROGRAMA IMPUREZAS

MILHO

Toxinas

ANO

REGIONAL

MARCA

RESULTADO VALOR RESULTADO CONCLUSÃO

2015

Divinópolis

Vó Geni

não

0,99

ND

próprio

3,00

próprio

próprio

2015

Divinópolis

Velho Chico

não

ND

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Divinópolis

Indaiá

ABIC

0,71

ND

próprio

5,20

próprio

próprio

2015

Patos de Minas

Yasmin

não

0,35

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Patos de Minas

Criolo

não

2,52

ND

impróprio

1,84

próprio

impróprio

2015

Uberlândia

Ouro Negro

ABIC

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2015

Juiz de Fora

Viçosence

não

3,2

ND

impróprio

-

-

impróprio

2015

Juiz de Fora

Hemelly

não atribuído

ND

milho

impróprio

-

-

impróprio

2015

Juiz de Fora

Alvorada

não

ND

milho

impróprio

-

-

impróprio

2015

Juiz de Fora

Café da Vovó

não atribuído

ND

milho

impróprio

-

-

impróprio

2015

Belo Horizonte

3 Corações

ABIC

ND

ND

próprio

0,87

próprio

próprio

2015

Montes Claros

Taiobeiras

ABIC

0,21

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Montes Claros

Cominas

não

2,90

ND

impróprio

1,64

próprio

impróprio

2015

Montes Claros

Tânia

não

1,33

ND

impróprio

21,10

impróprio

impróprio

2015

Patos de Minas

São Gotardo

ABIC

0,11

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Barbacena

Soberano

não

0,35

ND

próprio

2,34

próprio

próprio

2015

Barbacena

Soberano Extra forte

ABIC

0,42

ND

próprio

NQ

próprio

próprio

2015

Barbacena

Tamandaré

não

2,72

ND

impróprio

3,00

próprio

impróprio

2015

Barbacena

Imperial

não

0,57

ND

próprio

5,10

próprio

próprio

2015

Barbacena

Emboabas

não

0,60

ND

próprio

12,00

próprio

próprio

2015

Muriaé

Golinho

não

ND

ND

próprio

-

-

próprio

2015

Passos

Tradição MIneira

não

1,75

ND

impróprio

-

-

impróprio

2015

Juiz de Fora

Suprême

não

3,86

ND

impróprio

-

-

impróprio

23


Análise

dos resultados

Foram analisadas 241 amostras de café comercializado/produzido em Minas Gerais entre dezembro de 2014 e junho de 2015. Foram também incluídas no banco de dados deste Programa de Monitoramento 28 amostras recebidas pelo Procon-MG durante o período das coletas e que foram encaminhadas para a Fundação Ezequiel Dias (FUNED). A partir da metodologia de coleta adotada, a distribuição das amostras obtidas para o programa foi equilibrada entre torrefações que participam do programa de autorregulamentação promovido pela Associação Brasileira do Café e torrefações não participantes, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1 Distribuição do total das amostras conforme participação em programa de autorregulamentação

50%

2% 48%

Programa ABIC Não participante Não atribuído

24


O gráfico 2 traz o resultado das análises, demonstrando que aproximadamente um terço do total de amostras coletadas apresentou alguma irregularidade.

69% 31%

Gráfico 2 Resultado das análises sobre o total das amostras coletadas Próprio Impróprio

Isso confirma a preocupante situação do mercado consumidor de café, observada nos últimos anos pelo Procon-MG. A coleta de amostras de diferentes fornecedores no mercado de consumo mineiro nos revela o número alarmante de torrefações que comercializam alimentos fora das especificações legais.

25


O gráfico 3 mostra os tipos de impropriedade encontrados e o percentual de cada um deles.

27,8%

Gráfico 3 Distribuição dos tipos de impropriedade Impurezas (cascas e paus) 4,2%

Ocratoxina A 2,1%

Matéria estranha (milho)

Como se pode ver, a principal impropriedade encontrada nas amostras está relacionada com a quantidade de impurezas, aqui consideradas as cascas, paus e outros detritos provenientes do próprio cafeeiro. Foram encontradas ainda amostras adulteradas por adição de milho, produto vegetal não oriundo da cultura do café. Em alguns casos, a adição dessa outra espécie vegetal atingiu 6,04% do peso total do produto. Porém, o quadro geral é severamente agravado quando analisados os resultados encontrados para a micotoxina Ocratoxina A. Do total de amostras avaliadas para este parâmetro (212), 4,2% foram consideradas impróprias para consumo por conterem elevados teores da toxina. Outras quinze amostras também apresentaram teores acima do Limite Máximo Tolerado de 10 microgramas por quilo, nos termos do regulamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o que elevaria o percentual para 11,3%. Apesar da inviabilidade de responsabilizar todos esses fornecedores, verifica-se que é real a probabilidade de se encontrar no mercado café torrado e moído contaminado por substância altamente cancerígena e teratogênica. Interessante observar que o somatório do percentual de produtos impróprios por tipo de análise é superior ao percentual de impropriedade geral. Este efeito é ocasionado por amostras que apresentaram resultados insatisfatórios em mais de um parâmetro avaliado.

26


Almenara

75,0 %

Barbacena

16,7 %

Belo Horizonte

75,0 %

Caratinga

33,3 % 20,0 %

Contagem Divinópolis

38,1 %

Ipatinga

0,0 %

Janaúba

0,0 %

Juiz de Fora

52,6 %

Montes Claros

66,7% 0,0 %

Passos

24,0 %

Patos de Minas

12,5 %

Poços de Caldas

21,1 %

Pouso Alegre Teófilo Otoni

55,6 % 0,0 %

Uberaba Uberlândia Varginha

% de impropriedade

38,5 %

Conselheiro Lafaiete

Muriaé

Gráfico 4 Distribuição das marcas impróprias por regional

45,2 % 6,9 % 20,0 %

A distribuição das impropriedades não é uniforme em todo estado, como mostra o gráfico ao lado. Três quartos das amostras demandadas pelas regionais Almenara e Belo Horizonte foram consideradas impróprias para consumo. Se por um lado, não foram encontradas irregularidades nas amostras de Ipatinga, Janaúba, Muriaé e Teófilo Otoni, por outro, o índice de irregularidade em algumas regiões é preocupante: Montes Claros (66,7 %), Pouso Alegre (55,6 %), Varginha (45,2 %) e Juiz de Fora (52,6 %). Acima da média calculada estão também as regionais de Caratinga (38,5 %), Conselheiro Lafaiete (33,3 %) e Divinópolis (38,1 %).

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,0 % 80

,0 % 70

,0 % 60

,0 % 50

,0 % 40

,0 % 30

,0 % 20

,0 % 10

Gráfico 5 – Tipos de impropriedade por regional

Almenara Barbacena Belo Horizonte Caratinga Conselheiro Lafaiete

Impurezas (cascas e paus) Ocratoxina A Matéria estranha (milho)

Contagem Divinópolis Ipatinga Janaúba Juiz de Fora Montes Claros Muriaé Passos Patos de Minas Poços de Caldas Pouso Alegre Teófilo Otoni Uberaba Uberlândia Varginha

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Foram detectadas adulterações por adição de milho nas amostras das regionais Almenara (25%), Belo Horizonte (25%) e Juiz de Fora (15,8%). Um terço das amostras encaminhadas pela regional de Montes Claros apresentaram Ocratoxina A em quantidade superior ao limite máximo tolerado (LMT). Do mesmo modo, nas regionais Varginha, Passos, Contagem e Caratinga foram comercializados cafés que comprometem seriamente a saúde dos consumidores por conterem dosagens elevadas dessa toxina: 12,9%, 4,2%, 20% e 4,5% respectivamente. Pouso Alegre, Almenara, Belo Horizonte, Varginha e Montes Claros foram as regiões que apresentaram os maiores percentuais de amostras com impurezas: 55,6%, 50%, 50% e 45,2% e 66% respectivamente. Outras regiões, como Caratinga, Conselheiro Lafaiete, Divinópolis e Juiz de Fora também apresentaram índices acima dos 30%.


Das regionais que encaminharam amostras contendo cascas e paus, Uberlândia configura com o menor percentual (6,9%), porém este resultado não pode ser negligenciado. Mais de 16% das amostras enviadas por Barbacena e 20% das enviadas por Contagem, Passos, Poços de Caldas e Uberaba também foram consideradas impróprias para o consumo por conterem detritos provenientes da cultura cafeeira em excesso. O gráfico a seguir mostra a distribuição das amostras segundo a adesão ou não a programa de autorregulamentação.

Gráfico 6 - Classificação das amostras conforme adesão ou não ao programa de qualidade da ABIC. Impróprio

ABIC Não participante/ não atribuído

Próprio

11,0 % 89,0 % 48,0 % 52,0 %

Pela análise desse gráfico, pode-se afirmar que até mesmo as torrefações que ostentam “selo de qualidade” ou “selo de pureza” emitido pela Associação Brasileira da Indústria de Café comercializam produtos fora das especificações legais: 11% das marcas que possuem o selo ABIC foram consideradas impróprias para o consumo. Por outro lado, quase a metade dos cafés que não aderiram ao referido programa foi considerada imprópria para consumo.

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Conclusões Este projeto avaliou 241 amostras que contemplaram um número expressivo de torrefações produzidas no estado de Minas Gerais. A análise dessas amostras mostrou um produto de qualidade incompatível com a sua importância econômica para o estado. A baixa qualidade do café produzido pelas diversas torrefações é prática disseminada em todas as regiões mineiras. A adulteração do produto, por adição de subprodutos oriundos da própria cultura cafeeira e de fácil obtenção (cascas e paus) ou de materiais estranhos à fabricação, como o milho, é uma realidade que deve ser combatida em prol da melhoria da qualidade do café produzido em Minas Gerais. Do mesmo modo, os resultados das análises da Ocratoxina A indicam que os processos de fabricação devem ser aprimorados para que não seja colocado no mercado um produto extremamente nocivo à saúde e segurança dos consumidores. A partir das análises de impurezas das amostras coletadas no projeto, verifica-se que pode ser adotado pelo órgão regulamentador específico, como critério de identidade e qualidade do café torrado e moído, o limite de 1%, considerando-se em conjunto, além das impurezas, os sedimentos e as matérias estranhas. Por fim, apesar de a adesão do fornecedor ao programa de autorregulamentação promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Café não ser garantia absoluta de qualidade do produto, a probabilidade de se encontrar um café de baixa qualidade com o selo da ABIC é bem menor.

Bibliografia Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC). Consumidor. Disponível em: < www.abic. com.br>. Acesso em: 3 de fevereiro de 2016. Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC). Norma de qualidade recomendável e boas práticas de fabricação de cafés torrados em grão e cafés torrados moídos. Disponível em: < www.abic.com.br>. Acesso em: 3 de fevereiro de 2016.

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BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução ANVISA nº 277, de 22 de setembro de 2005. Regulamento Técnico para Café, Cevada, Chá, Erva-Mate e Produtos solúveis. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 27 set. 2005. Seção 1, p. 29-33. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução ANVISA nº 7, de 18 de fevereiro de 2011. Dispõe sobre limites máximos tolerados (LMT) para micotoxinas em alimentos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 22 fev. 2011. Seção 1, p. 20-21. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 8 de 11 de junho de 2003. Regulamento técnico de identidade e da qualidade para a classificação do café beneficiado grão cru. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 13 jun. 2003. Seção 1, p. 22-29. Coffee Science, Lavras, v. 10, n. 4, p. 455 - 463, out./dez. 2015 Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira : café – v. 1, n. 1 (2014- ) – Brasília: Conab, 2014. Disponível em: <http://www.conab.gov. br>. Acesso em: 3 de fevereiro de 2016. INTERNATIONAL COFFE ORGANIZATION. Disponível em: < http://www.ico.org/> . Acesso em: 3 de fevereiro de 2016. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Ministério da Agricultura. Café. Disponível em: < http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/cafe>. Acesso em: 3 de fevereiro de 2016. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Secretaria de Política Agrícola. Informe estatístico do café. Brasília. Dez 2015. NASCIMENTO, P. M. Estudo da composição química, atividade antioxidante e potencial odorífico de um café conilon, em diferentes graus de torrefação e análise comparativa com café arábica. 2006. 90 p. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Química. Universidade Federal de Uberlândia. PRADO, G., M.S. Oliveira, F.M. Abrantes, 2000. Incidência de Acrotoxina A em café torrado e moído e em café solúvel consumido na cidade de Belo Horizonte, MG. Ciência e Tecnologia de Alimentos 20: 192-196.

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Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-MG) Rua dos Goitacazes, 1.202 - Barro Preto Belo Horizonte - MG - CEP: 30190-052 procon@mpmg.mp.br www.procon.mpmg.br 33


Esse material foi produzido com recursos do

Fundo Estatual de Proteção e Defesa do Consumidor (FEPDC)

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